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QUATRO RASTOS DE AVIÃO APONTANDO TÂNGER
Rochedo de gente
África vista da esplanada
Se em Lisboa é Outono/Inverno, aqui é Primavera/Verão
Rochedo de gente
Tinha uma ideia muito pior do que viria a ser, afinal…
Os horteras foram varridos para debaixo de outros tapetes
Lá como cá, espanhóis e portugueses bem se assemelham
Elevados em arabescos, procurando chama, farejando prata
Mãe Natureza virá pôr tudo em pratos limpos
A ordem ainda não sabemos.
Por ora, ouviremos o Volare comendo um peixinho
Grelhado no restaurante italiano
Nem parece ser verdade ver daqui Gibraltar
África defronte, no céu, quatro rastos de avião descem flagrantes apontando
Tânger
E todas as letras que ainda não deciframos.